Seção 1
Unid.15 Elementos químicos: os
ingredientes do nosso mundo!
■Motivação:
Aprendendo a Classificar.
■Objetivo:
Compreender a importância fundamental que temos de classificar as diferentes
coisas, como: animais, plantas, pessoas, objetos e porque não os elementos
químicos.
■ Material:
tampinhas de diversas cores; objetos de diversos tamanhos e objetos de
plástico, de vidro e etc.
■ Conclusão: Os
objetos podem ser separados por cores, tamanhos, formatos, material do que
foram produzidos e etc.
Organizando os elementos químicos.
A
história da tabela periódica
A tabela periódica dos elementos químicos é conhecida como
uma ótima fonte de informação quando se deseja saber características sobre os
elementos, como: verificar quais são metais, quais os mais densos, os mais
pesados ou reativos. Entretanto, a tabela periódica nem
sempre foi assim, organizada e completa: dispor os elementos obedecendo as suas
semelhanças já foi motivo de muita discussão e estudo científico, e,
embora a tabela atual seja mais eficiente, sua formação é derivada de tantas
outras mais primitivas.
Classificação de Döbereiner – Lei das Tríades (1817)
Johann W. Döbereiner (1780-1849), cientista alemão,
observou que muitos elementos podiam ser agrupados três a três (tríades) de
acordo a certas semelhanças com as massas atômicas:
Proximidade
Fe = 56u
Co = 59u
Ni = 58u
Como se pode perceber, o Ferro, o Cobalto e o Níquel possuem massas atômicas muito próximas.
Fe = 56u
Co = 59u
Ni = 58u
Como se pode perceber, o Ferro, o Cobalto e o Níquel possuem massas atômicas muito próximas.
Diferença comum
Li = 7u
Na = 23u
K = 39u
Observe que, a diferença entre as massas dos elementos consecutivos na ordem crescente é igual a 16. De fato: 23 – 7 = 16; 39 – 23 = 16.
Li = 7u
Na = 23u
K = 39u
Observe que, a diferença entre as massas dos elementos consecutivos na ordem crescente é igual a 16. De fato: 23 – 7 = 16; 39 – 23 = 16.
Média aritmética
Ca = 40u
Sr = 88u
Ba = 137u
Efetuando-se a média aritmética entre as massas do Cálcio e do Bário obtém-se a massa atômica aproximada do Estrôncio: 137+40 = 177; 177/2 = 88,5.
Ca = 40u
Sr = 88u
Ba = 137u
Efetuando-se a média aritmética entre as massas do Cálcio e do Bário obtém-se a massa atômica aproximada do Estrôncio: 137+40 = 177; 177/2 = 88,5.
Alexander Béguyer de Chancourtois (1820-1886), químico
inglês, organizou os elementos da seguinte forma: inicialmente, dividiu a
superfície de um cilindro em 16 colunas e inúmeras horizontais; atribuiu ao
oxigênio à massa 16u; traçou uma linha helicoidal que começava pelo oxigênio
(ponto 0) e terminava no décimo sexto elemento mais pesado, até onde a linha
alcançava. Repetiu esse procedimento até que todos os elementos fossem alocados
nas linhas divisórias.
A tabela adquiriu uma aparência similar a esta:
Considera-se
elementos semelhantes aqueles que se encontram na mesma vertical, como o
Carbono e o Silício; Nitrogênio e Fósforo.
John A. R. Newlands (1838-1898), professor de química e
industrial inglês, idealizou a classificação dos elementos pela ordem crescente
de massa atômica, em grupos de 7 e dispostos lado a lado. Logo percebeu que as
propriedades químicas eram semelhantes ao primeiro e oitavo elementos – a
contar da esquerda para a direita -, como as notas musicais que se repetem a
cada oitava.
Assim, os elementos que seguem a mesma linha vertical
possuem as mesmas características químicas, como o Lítio, o Sódio e o Potássio; o Magnésio e o Cálcio.
O Fracasso das classificações antigas e o
modelo atual
Apesar de promissoras, os modelos antigos de
classificação dos elementos apresentaram muitas incompatibilidades:
Lei das Tríades
Esse método de distribuição foi considerado ineficaz porque era muito restrito e só atendia a alguns elementos.
Esse método de distribuição foi considerado ineficaz porque era muito restrito e só atendia a alguns elementos.
Parafuso Telúrico
A aceitação desse método foi pequena, pois os valores das massas atômicas eram, muitas vezes, errôneos e imprecisos.
A aceitação desse método foi pequena, pois os valores das massas atômicas eram, muitas vezes, errôneos e imprecisos.
Lei das Oitavas
Esse modelo também foi banido por apresentar problemas, novamente, com os valores das massas atômicas. Ou seja, alguns elementos estavam em lugares errados: o cloro e o flúor, por exemplo, não possuem características semelhantes ao Cobalto ou ao Níquel.
Esse modelo também foi banido por apresentar problemas, novamente, com os valores das massas atômicas. Ou seja, alguns elementos estavam em lugares errados: o cloro e o flúor, por exemplo, não possuem características semelhantes ao Cobalto ou ao Níquel.
Apesar de fracassados, esses modelos contribuíram para o
constante aperfeiçoamento sobre a classificação dos elementos químicos.
Dois cientistas trabalharam isoladamente um do outro, mas
chegaram a resultados parecidos, foram eles: Julius Lothar Meyer (1830-1895) e Dmitri Ivanovitch Mendeleev
(1834-1907), sendo o trabalho de Mendeleev mais ousado.
Mendeleev apresentou seu modelo de classificação dos
elementos à real Sociedade Russa de Química, onde obteve grande aceitação. A
sua teoria pode ser confirmada com algumas observações suas:
1) “Os elementos, se dispostos de acordo com as massas
atômicas, revelam evidente periodicidade de propriedades;
2) Devemos esperar a descoberta de muitos elementos ainda
desconhecidos; por exemplo, elementos análogos ao alumínio (eka-Alumínio) e ao
silício (exa-Silício), cujas massas atômicas ficariam compreendidas entre 65 e
75”
Ou seja, Mendeleev
afirmava que as
propriedades dos elementos
são uma função periódica de suas massas atômica
Tabela periódica idealizada por Mendeleev, em
1869, apresentando espaços vagos para a inclusão de novos elementos.
A
tabela periódica atual não é uma cópia fiel da tabela de Mendeleev: é mais
aperfeiçoada. Não pela aparição de elementos que ocupam os espaços vazios
destinados a eles, mas por causa de um conceito estabelecido em 1913: o número
atômico.
Henry G. L. Moseley definiu que a verdadeira identidade de
um elemento não está relacionada diretamente com a massa dele, mas com a carga
nuclear do átomo que o representa. Assim, modificou levemente a
tabela proposta por Mendeleev, permanecendo sua essência até hoje.
Fontes:
MAHAN Bruce M., MYERS Rollie J. Química: um curso universitário, São Paulo – SP: Editora Edgard Blücher LTDA, 2005. 4ª tradução americana, 7ª reimpressão. 592 págs.
MAHAN Bruce M., MYERS Rollie J. Química: um curso universitário, São Paulo – SP: Editora Edgard Blücher LTDA, 2005. 4ª tradução americana, 7ª reimpressão. 592 págs.
SARDELLA, Antônio. Curso de química: Química geral, São
Paulo – SP: Editora Ática, 2002. 25ª Edição, 2ª impressão. 448 págs.
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